segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O EVANGELHO SEGUNDO SARAMAGO

José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura em 1998, imprimiu uma como que tradução pobre da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, edição Companhia das Letras, São Paulo, 2005.
Para quem fez leitura apurada dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como de outros livros da Bíblia, o livro de Saramago parece pobre em narrativa. Não digo pelo estilo, mas pelos fatos e passagens relevantes aí descritos e reinventados.
Para mim a comparação é o melhor método para se avaliar qualquer obra. O Evangelho de Saramago fica muito a dever mesmo se comparado, e.g., com o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas do nosso Machado de Assis. Não digo que Saramago não seja um grande escritor, mas sim que a envergadura do título do livro em comento merecia enredo mais contundente e dramático.
Examinado-se detidamente a obra pode-se chegar à conclusão de que o escritor português apenas deu nova narrativa a fatos já conhecidos de todos os cristãos. É um estilo de romance onde já se sabe o desfecho final, o que empobrece a narrativa.
O tema é atual, como Deus é atual. Mas como romance não seduz a curiosidade do leitor.
Apesar de não ser um romance em potencial esse livro supera em muito sua última publicação _ CAIM _, que posso traduzir como um livro apelativo e com certo tom de imoralidade que ofende a fé de quase todos os cristãos.
Diante de tudo isso concluo que CAIM é mais um lançamento comercial do que propriamente uma obra literária que possa ganhar apreço nos quatros cantos do mundo.
Fico com os evangelhos tradicionais sem condenar ao inferno o evangelho de Saramago e ele próprio.

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