quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SARAMAGO _ LETRAS AMARGAS

O romance CAIM de José Saramago, editado pela Companhia das Letras, São Paulo, 2009, não passa de uma sátira de mau gosto na qual o autor pinçou alguns episódios narrados no Antigo Testamento e lhes deu uma roupagem promíscua. Longe está de ser uma obra de quem detém o Premio Nobel de Literatura. Bem mais literatos mostraram-se, entre outros, os brasileiros Jorge Amado e Paulo Coelho.
CAIM, de que se diz ser um romance, é um livro sem estilo, pois de romance, se comparados às modernas ou clássicas obras do gênero, nada tem desse magestoso estilo que entre nós consagrou José Alencar e Machado de Assis e, em Portugal, Camilo Castelo Branco, Alexandre Herculano, entre tantos notáveis mestres desse gênero literário.
Demais, o estilo e a própria ortografia desnaturam a Língua Portuguesa, que, para o grande poeta Olavo Bilac é a "última flor do Lácio, inculta e bela". Com esse livro de Saramago ela se mostra mais inculta do que bela. Mas fama é fama. Nobel é Nobel, compra-se e se lê o Nobel e não o livro em si. De 1 a 10 daria nota 2 para o romance CAIM de José Saramago.

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