José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura em 1998, imprimiu uma como que tradução pobre da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, edição Companhia das Letras, São Paulo, 2005.
Para quem fez leitura apurada dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como de outros livros da Bíblia, o livro de Saramago parece pobre em narrativa. Não digo pelo estilo, mas pelos fatos e passagens relevantes aí descritos e reinventados.
Para mim a comparação é o melhor método para se avaliar qualquer obra. O Evangelho de Saramago fica muito a dever mesmo se comparado, e.g., com o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas do nosso Machado de Assis. Não digo que Saramago não seja um grande escritor, mas sim que a envergadura do título do livro em comento merecia enredo mais contundente e dramático.
Examinado-se detidamente a obra pode-se chegar à conclusão de que o escritor português apenas deu nova narrativa a fatos já conhecidos de todos os cristãos. É um estilo de romance onde já se sabe o desfecho final, o que empobrece a narrativa.
O tema é atual, como Deus é atual. Mas como romance não seduz a curiosidade do leitor.
Apesar de não ser um romance em potencial esse livro supera em muito sua última publicação _ CAIM _, que posso traduzir como um livro apelativo e com certo tom de imoralidade que ofende a fé de quase todos os cristãos.
Diante de tudo isso concluo que CAIM é mais um lançamento comercial do que propriamente uma obra literária que possa ganhar apreço nos quatros cantos do mundo.
Fico com os evangelhos tradicionais sem condenar ao inferno o evangelho de Saramago e ele próprio.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
SARAMAGO _ LETRAS AMARGAS
O romance CAIM de José Saramago, editado pela Companhia das Letras, São Paulo, 2009, não passa de uma sátira de mau gosto na qual o autor pinçou alguns episódios narrados no Antigo Testamento e lhes deu uma roupagem promíscua. Longe está de ser uma obra de quem detém o Premio Nobel de Literatura. Bem mais literatos mostraram-se, entre outros, os brasileiros Jorge Amado e Paulo Coelho.
CAIM, de que se diz ser um romance, é um livro sem estilo, pois de romance, se comparados às modernas ou clássicas obras do gênero, nada tem desse magestoso estilo que entre nós consagrou José Alencar e Machado de Assis e, em Portugal, Camilo Castelo Branco, Alexandre Herculano, entre tantos notáveis mestres desse gênero literário.
Demais, o estilo e a própria ortografia desnaturam a Língua Portuguesa, que, para o grande poeta Olavo Bilac é a "última flor do Lácio, inculta e bela". Com esse livro de Saramago ela se mostra mais inculta do que bela. Mas fama é fama. Nobel é Nobel, compra-se e se lê o Nobel e não o livro em si. De 1 a 10 daria nota 2 para o romance CAIM de José Saramago.
CAIM, de que se diz ser um romance, é um livro sem estilo, pois de romance, se comparados às modernas ou clássicas obras do gênero, nada tem desse magestoso estilo que entre nós consagrou José Alencar e Machado de Assis e, em Portugal, Camilo Castelo Branco, Alexandre Herculano, entre tantos notáveis mestres desse gênero literário.
Demais, o estilo e a própria ortografia desnaturam a Língua Portuguesa, que, para o grande poeta Olavo Bilac é a "última flor do Lácio, inculta e bela". Com esse livro de Saramago ela se mostra mais inculta do que bela. Mas fama é fama. Nobel é Nobel, compra-se e se lê o Nobel e não o livro em si. De 1 a 10 daria nota 2 para o romance CAIM de José Saramago.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
20 ANOS DE DUPLAS SERTANEJAS
Acredito que já encheu a paciência. São vinte anos de leonardos, zezés, etc.
Nenhum movimento musical durou tanto. A bosa-nova ficou na história, teve uns cinco anos de destaque. Pudera! Os artistas tinham muito talento. Tom Jobim, Nara Leão, João Donato, Sérgio Mendes, João Gilberto. Muitos deles ainda fazem sucesso no exterior, com João Gilberto e Sérgio Mendes.
Por sua vez, a Jovem Guarda que contagiou o Brasil e mudou os constumes do jovens de então teve seu domínio de 1964 a 1972. A TROPICÁLIA, com Gil, Caetano, Gal, Tom Zé conviveu a partir de 1967 com a Jovem Guarda e durou menos de 5 anos. Do pessoal da Jovem Guarda, Jerry Adriani e Wanderley Cardoso, deram lugar aos bregas românticos Fernando Mendes e José Augusto. Roberto Carlos dedicou-se ao estilo romântico, fazendo músicas para apaixonados.
Por que duplas sertaneja atravessaram a década de 90 e ainda são sucesso.? A resposta é simples o gosto do brasileiro não está para a música, mas simplesmente para mídia. Os empresáerios investem em propaganda, programas pagos, divulgações em rádio e televisão também pagas para manter essa turna na mídia e ganham muito dinheiro com shows com muita luz, coreografia, e dançarinos, mas pouca qualidade musical. Exceto para as orquestas que os acompanham que são de bom nível para sustentar letras e interpretações em sua maioria paupérrimas.
Precisamos avançar em nossa música. Qual o maior sucesso dos últimos cinco anos, ou deste ano? É uma dupla sertaneja. E o pior é que todas elas são iguais, como a maioria dos irmãos que as formam. Fala-se até numa dupla de irmãos que só fazia dublagem nos shows e as gravações eram feitas por outros. Coisa macabra! Eu queria ver essa turma cantando individualmente ou com o Roberto Carlos ou com qualquer outro tenor.
Precisamos mudar. A mídia tem que atentar pra isso! Chega de tantos afinos e mais desafinos!
Nenhum movimento musical durou tanto. A bosa-nova ficou na história, teve uns cinco anos de destaque. Pudera! Os artistas tinham muito talento. Tom Jobim, Nara Leão, João Donato, Sérgio Mendes, João Gilberto. Muitos deles ainda fazem sucesso no exterior, com João Gilberto e Sérgio Mendes.
Por sua vez, a Jovem Guarda que contagiou o Brasil e mudou os constumes do jovens de então teve seu domínio de 1964 a 1972. A TROPICÁLIA, com Gil, Caetano, Gal, Tom Zé conviveu a partir de 1967 com a Jovem Guarda e durou menos de 5 anos. Do pessoal da Jovem Guarda, Jerry Adriani e Wanderley Cardoso, deram lugar aos bregas românticos Fernando Mendes e José Augusto. Roberto Carlos dedicou-se ao estilo romântico, fazendo músicas para apaixonados.
Por que duplas sertaneja atravessaram a década de 90 e ainda são sucesso.? A resposta é simples o gosto do brasileiro não está para a música, mas simplesmente para mídia. Os empresáerios investem em propaganda, programas pagos, divulgações em rádio e televisão também pagas para manter essa turna na mídia e ganham muito dinheiro com shows com muita luz, coreografia, e dançarinos, mas pouca qualidade musical. Exceto para as orquestas que os acompanham que são de bom nível para sustentar letras e interpretações em sua maioria paupérrimas.
Precisamos avançar em nossa música. Qual o maior sucesso dos últimos cinco anos, ou deste ano? É uma dupla sertaneja. E o pior é que todas elas são iguais, como a maioria dos irmãos que as formam. Fala-se até numa dupla de irmãos que só fazia dublagem nos shows e as gravações eram feitas por outros. Coisa macabra! Eu queria ver essa turma cantando individualmente ou com o Roberto Carlos ou com qualquer outro tenor.
Precisamos mudar. A mídia tem que atentar pra isso! Chega de tantos afinos e mais desafinos!
sábado, 5 de setembro de 2009
A POESIA DE DENISE EMMER
A poetisa Denise Emmer, carioca da gema, como se intitulam os bons cariocas, possui obra poética digna de louvor. Daí ter recebido vários prêmos literários.
O primeiro livro de poesia de Denise foi "Geração Estrela" publicado talvez precocemente, na adolescência da autora, pela Ed. Paz e Terra,(1975). Coletânea essa organizada pelo poeta Moacyr Félix. Mas foi nos anos oitenta que sua produção se destacou, e seguiram-se as demais coletâneas de poesia, a saber : "Flor do Milênio "Ed.Civilização Brasileira, "Canções de Acender a Noite", Ed Civilização Brasileira, "Equação da Noite" Ed Philobliblion, "Ponto Zero" Ed Globo, "O Inventor de Enigmas" Ed. José Olympio.
Após uma reflexão musical que durou por dez anos dedicados ao estudo do violoncelo, retorna ao mundo literário a publicou "Poesia Reunida" Ediouro,2002, "Memórias da Montanha", Ediouro, 2006 e recentemente "Lampadário", Ed7Letras,2008, que recebeu o "Prêmio Cecília Meireles de Poesia" (da União Brasileira de Escritores).
Além de participar de antologias poéticas como "41 Poetas do Rio",(Ministério da Cultura - organização Moacyr Félix-1998),"Antologia da Nova Poesia brasileira" (Ed.Hipocampo/Fundação Rio Arte/Prefeitura do Rio de Janeiro-1992) "POESIA SEMPRE" (-ano -I- NÚMERO 2 -Fundação Biblioteca Nacional - 1993) e periódicos tais como : "Jornal de Letras", dentre outros, teve recentemente seus poemas publicados na "Revista Brasileira" da Academia Brasileira de Letras n.56, em setembro de 2008.
Seu mais recente livro LAMPADÁRIO acaba de obter o Prêmio ABL de Poesia 2009.
Com se verifica a obra de Denise Emmer é ascendente como as escalas de sua música, de seu talento, que encantou os jovens de minha geração interpretando, em 1979, a música de sua autoria ALOUETTE, letra composta em português, mas vertida para o francês e interpretada radiantemente por Denise para mover os corações apaixonados de então. Nessa interpretação musical Denise demonstra cabalmente que a voz humana é um instrumento que pode ser afinado da mesna forma que o violão ou o piano.
Quanta poesia! Quanto talento destinado à natureza e aos nossos corações a partir do sonho musical da citada música.
Para quem tem compromisso com a arte, com a poesia e, essencialmente, com a Língua Porguesa não pode deixar de ler os livros de poesia de Dense Emmer.
O primeiro livro de poesia de Denise foi "Geração Estrela" publicado talvez precocemente, na adolescência da autora, pela Ed. Paz e Terra,(1975). Coletânea essa organizada pelo poeta Moacyr Félix. Mas foi nos anos oitenta que sua produção se destacou, e seguiram-se as demais coletâneas de poesia, a saber : "Flor do Milênio "Ed.Civilização Brasileira, "Canções de Acender a Noite", Ed Civilização Brasileira, "Equação da Noite" Ed Philobliblion, "Ponto Zero" Ed Globo, "O Inventor de Enigmas" Ed. José Olympio.
Após uma reflexão musical que durou por dez anos dedicados ao estudo do violoncelo, retorna ao mundo literário a publicou "Poesia Reunida" Ediouro,2002, "Memórias da Montanha", Ediouro, 2006 e recentemente "Lampadário", Ed7Letras,2008, que recebeu o "Prêmio Cecília Meireles de Poesia" (da União Brasileira de Escritores).
Além de participar de antologias poéticas como "41 Poetas do Rio",(Ministério da Cultura - organização Moacyr Félix-1998),"Antologia da Nova Poesia brasileira" (Ed.Hipocampo/Fundação Rio Arte/Prefeitura do Rio de Janeiro-1992) "POESIA SEMPRE" (-ano -I- NÚMERO 2 -Fundação Biblioteca Nacional - 1993) e periódicos tais como : "Jornal de Letras", dentre outros, teve recentemente seus poemas publicados na "Revista Brasileira" da Academia Brasileira de Letras n.56, em setembro de 2008.
Seu mais recente livro LAMPADÁRIO acaba de obter o Prêmio ABL de Poesia 2009.
Com se verifica a obra de Denise Emmer é ascendente como as escalas de sua música, de seu talento, que encantou os jovens de minha geração interpretando, em 1979, a música de sua autoria ALOUETTE, letra composta em português, mas vertida para o francês e interpretada radiantemente por Denise para mover os corações apaixonados de então. Nessa interpretação musical Denise demonstra cabalmente que a voz humana é um instrumento que pode ser afinado da mesna forma que o violão ou o piano.
Quanta poesia! Quanto talento destinado à natureza e aos nossos corações a partir do sonho musical da citada música.
Para quem tem compromisso com a arte, com a poesia e, essencialmente, com a Língua Porguesa não pode deixar de ler os livros de poesia de Dense Emmer.
NOVOS RUMOS _ FUGA DA PROSMISCUIDADE
Estamos na semana da Independência. A independência e a imparcilialidade, bem como o bom senso que existe em cada um de nós sugerem que mudemos de rumo.
Assim, a partir desse mês de setembro nosso blog deixará de focalizar os chamados assuntos políticos, pois muitos deles aí não se enquadram, sendo apenas aspectos da marginalidade institucionalizada que, infelizmente, ocorre em nosso país.
Demais disso, não é conveniente para nenhum crítico, por mais insano que venha a ser, analisar assuntos promísculos ligados ao crime ou à luxúria, principalmente quando esses acontecimentos têm por palco determinadas instituições públicas.
Doravante, portanto, neste espaço focalizaremos a arte em toda a sua extensão, mormente a poesia, a literatura, a música e outras demonstrações culturais.
Saímos, portanto, do antro marginal.
Contamos com a partipação daqueles que têm talento e algo a dar do dom que Deus lhe deu.
Toni Ferreira
Advogado, escritor e jornalista.
Assim, a partir desse mês de setembro nosso blog deixará de focalizar os chamados assuntos políticos, pois muitos deles aí não se enquadram, sendo apenas aspectos da marginalidade institucionalizada que, infelizmente, ocorre em nosso país.
Demais disso, não é conveniente para nenhum crítico, por mais insano que venha a ser, analisar assuntos promísculos ligados ao crime ou à luxúria, principalmente quando esses acontecimentos têm por palco determinadas instituições públicas.
Doravante, portanto, neste espaço focalizaremos a arte em toda a sua extensão, mormente a poesia, a literatura, a música e outras demonstrações culturais.
Saímos, portanto, do antro marginal.
Contamos com a partipação daqueles que têm talento e algo a dar do dom que Deus lhe deu.
Toni Ferreira
Advogado, escritor e jornalista.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
STF ARQUIVA DEFINITIVAMENTE O PEDIDO DE REABERTURA DE AÇÕES CONTRA SARNEY
O pedido feito por sete senadores para que a abertura dos processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fosse analisada pelo plenário do Senado não será votado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Eros Grau arquivou em definitivo a ação e afirmou que não cabe ao STF se manifestar sobre decisões das casas legislativas "em virtude do princípio constitucional da chamada separação de poderes", sendo "insuscetível de apreciação pelo Poder Judiciário".
Realmente, o Poder Judiciário deve respeitar a autonomia do Poder Legislativo. No entanto, mesmo que isso não ocorresse jamais o STF julgaria algo contra José Sarney, Presidente do Senado Federal, que, no auge da crise foi recebido carinhosamente pelo Ilustre Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes. Isso, naquela ocasião significava: "o Supremo está com você meu velho". Aliás, o povo não deve ser tolo, o STF é um tribunal político, que aplica a lei respeitando a ideologia vigente na política partidária praticada.Ora a decisão está correta, mas Sarney é amigo de Lula. Lula nomeou Eros Grau. Por qualquer fundamento a decisão seria favorável a Sarney.
Realmente, o Poder Judiciário deve respeitar a autonomia do Poder Legislativo. No entanto, mesmo que isso não ocorresse jamais o STF julgaria algo contra José Sarney, Presidente do Senado Federal, que, no auge da crise foi recebido carinhosamente pelo Ilustre Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes. Isso, naquela ocasião significava: "o Supremo está com você meu velho". Aliás, o povo não deve ser tolo, o STF é um tribunal político, que aplica a lei respeitando a ideologia vigente na política partidária praticada.Ora a decisão está correta, mas Sarney é amigo de Lula. Lula nomeou Eros Grau. Por qualquer fundamento a decisão seria favorável a Sarney.
Assinar:
Postagens (Atom)